O segundo Titanic

Eu estou com medo. Medo de não dar certo. Não quero me sentir assim. Geralmente, não sinto medo do futuro, mas meu futuro está mais incerto do que nunca. Os "e se" estão começando de fato a me preocupar. E se não der certo? E se eu não conseguir? E se eu fizer tudo errado? E se eu estragar tudo? E se, e se, e se... Se tudo não correr como planejado, todos os meus planos vão para o lixo. Alias, as coisas já não estão correndo como planejado. Tudo já começou a dar errado. Meu mundo começou a afundar e agora, eu não passo de um navio naufragado. O segundo Titanic. Minhas rachaduras estão aumentando e meus fios logo vão se arrebentar. E ai está tudo acabado. Tudo por causa dos planos frustados, pois eram eles que faziam minha vida ir para frente. Eram eles que faziam meu navio seguir em auto mar. E eles se foram. Não sobrou nem uma gota de esperança. Tudo se tornou cinzas. É isso que o medo faz. Ele nos transforma em cinzas. Suga toda a esperança que um dia houve dentro de nós. Nos faz acreditar em uma única coisa: que tudo está acabado.

Pois se eu disser que não choro, desconfie. Se eu disser que não me importo, desconfie. Se eu sorrir e disser que não dói mais, desconfie. Se eu disser que não sinto sua falta, simplesmente não acredite.

Nunca faça de alguém sua motivação do dia a dia, pois a vida vai arrumar um jeito de tirá-lo de você.

Inevitável e indesejada

E cá estou eu de novo, escrevendo. Isso é tudo o que eu posso fazer. Escrever. Não tenho forças, armas nem estratégias para lutar contra a vida. É inevitável o que está para acontecer. Minha vida está para acabar. O que acontece a uma flor quando tem suas raízes arrancadas? Ela morre. Não estou dizendo que sou uma flor. Não, estou longe disso. Estou mais para um espinho. E como parte de uma flor que teve suas raízes arrancadas, eu também morro. E como se não bastasse, essa flor está sendo levada para longe de suas raízes e da água. Não posso e não consigo lutar contra essa força que me arrasta para longe. Não tenho meios de me defender. É inevitável essa mudança. Inevitável e indesejada. Por mais que eu demonstre, grite, berre, surte, dê um ataque para ficar, essa mudança não pode ser evitada. Não pode ser interrompida. Mudança essa que acabará com a minha vida.

Não é um adeus

Agora eu tenho mais meios de me lembrar de ti. Não será apenas o seu cheiro, seu abraço, seu sorriso, seu jeito, meu amor por vc (ops... escapuliu). Agora todas as vezes que eu olhar para a minha mão e ver que tem algo faltando, lembrarei que falta um pedaço de mim que está distante (clichê). Dizem que tudo tem que ter um fim. É regra da vida. Mas eu nunca fui muito de seguir esse tipo de regra. Eu e a vida estamos em constante conflito. É minha lei não aceitar as regras da vida. E eu não vou deixar que mais uma vez a vida ponha um ponto final naquilo que ainda tem muito o que viver. Nossa amizade é maior do que tudo isso. Ela vai continuar independentemente da distância. Serei eternamente grata por todos os bons momentos que me proporcionou, pelas vezes que me ouviu (ou leu minhas mensagens...), por tudo. Por vc existir e ser como é. Por estar comigo sempre (ou quase). Por não tentar me matar por causa da minha bipolaridade. Me desculpe pelos erros e falhas que não poderei reparar ou não reparei quando podia. Me desculpe pelos surtos, pelas vezes que fiquei sem falar com vc. Desculpe pelo meu silêncio e minha falta de expressão. Vou sentir sua falta e com certeza sofrerei muitos muitos momento de nostalgia. Foram bons os momentos que passamos juntos. PS.: Isso não é um 'adeus', é apenas um 'até breve'.

Lágrimas de um poeta

Lágrimas de um poeta não são lágrimas comuns. São lágrimas pensadas. São lágrimas de dor que transformam-se em frases, textos, poemas de reflexão. Nossas lágrimas não tem o mesmo destino das lágrimas que acabam no chão. Nossas lágrimas vão para o papel e, através dele tocam corações e transformam mentes e vidas. Lágrimas de um poeta são lágrimas sofridas, pois é da dor que surgem os melhores textos. O poeta tem os sentimentos a flor da pele, pois seus sentimentos são a fonte da sua inspiração. O poeta não pensa como os outros, não sofre como os outros, não chora como os outros, não vive como os outros. Ele enfrenta seus problemas e dificuldades com lágrimas e poemas. Apenas com gotas e palavras.

Se uns acreditam que o amor cura, porque não acreditar que o mesmo destrói?